Tanto eu quanto Ronaldo Nazário precisamos aprender uma coisa importante sobre a vida – evidentemente, há tempos já aprendi a distinguir uma moça bonita e atraente de um zagueiro flamenguista vestido de mulher, o que me coloca à frente dele ao menos nesse aspecto.
Mas enfim. Durante uma semana, o país fez um barulho tremendo graças ao envolvimento do atacante com figuras mal intencionadas, dispostas a extorquir o Fenômeno ameaçando ir à polícia munidas de histórias cabeludas – as mesmas que foram desmentidas após súbito arrependimento nesta terça-feira. Para acalmar os ânimos, o jogador apareceu no Fantástico, declarando ter feito uma grande besteira ao procurar um programinha diferente, episódio que só piorou em sua tentativa de resolver tudo sem que a mídia tomasse conhecimento.
Não sabemos até que ponto o barulho da história, o desmentido dos travestis e a declarada vergonha de Ronaldo influenciarão na “marca” construída pelo atleta, especialmente diante de patrocinadores. Talvez não sirva de parâmetro, mas a Unicef tratou de se descolar do Fenômeno, dizendo que “o Sr. Ronaldo Nazário de Lima não é e nunca foi embaixador e não tem qualquer vínculo oficial”. Mesmo que a ONU tenha um documento oficial informando que “em âmbito internacional, Ronaldo e Zidane atuam como embaixadores para apoiar e defender esforços para a redução da pobreza”…
Mas enfim. O escândalo que empurrou as histórias da Isabella, do Padre Voador e do Austríaco Incestuoso para a parte de baixo da agenda fez com que Ronaldo, eu e outros lembrássemos de algo muito simples, mas de valor inestimável em nossa existência: só é feliz quem sabe dizer “não”.
E isso é algo que preciso aprender com certa urgência… É muito difícil negar a existência de e-mails solicitando as mais variadas coisas, todas aparentemente fáceis de serem resolvidas. O mesmo acontece no dia-a-dia: é comum interromper alguma atividade pertinente para acudir quem demonstra algum sinal de dificuldade (ou falta de iniciativa).
Nada como um inferno astral daqueles para exercitar essa prática de maneira bem “talebã”. Consegui dizer “não” diversas vezes, seja de forma polida e respeitosa ou mesmo sem usar uma única palavra – como “não vou atualizar este blog por uma semana inteira”.
Ainda sinto algumas promessas de outrora pesando nas costas, mas dos males o menor: não é nada que vá me fazer perder contratos de patrocínio ou títulos de embaixador.
Nem contratos ou títulos, nem amigos e leitores,Marmota querido! Dizer “não”, ao contrário do que está imaginando, não ofende ninguém. Ao menos, não deveria… E é até mais justo com quem te pede, né não!?… 😉
Bjoks
Como diria uma amiga.. é por isso que tento não prometer nada. Mas de qquer forma esas idéias de não atualizar o blog por uma semana não é o mais agradável para seus distintos leitores.
hehe
Beijos e bom resto de semana
Bia
Acho uma palhaçada isso, so porque o cara é famoso, ele tem os mesmos direitos de qualquer um que nao tenha fama de curtir e aproveitar a vida numa boa.
Aplausos, muitos…
“Zagueiro flamenguista vestido de mulher?”
Abraços!
Só uma correção: ninguém negou que o Ronaldo seja embaixador da boa vontade da ONU, ele só não está vinculado diretamente ao UNICEF, e sim ao PNUD. Abraços!
Ronaldo Nazario proprio se alto denominava embaixador da UNICEF.
…
Eu concordo com o fato de que ele tem o direito de errar, mas só quem sabe o que realmente aconteceu naquele motel é o proprio Ronaldo, vai saber… não perceber que uma flor daquelas é um brucutu… tem que ser … ou estar muito na seca…
concordo c/ a leitora uva qdo diz q o Ronaldo tambem tem o direito de curtir a vida e aproveitar numa boa. mas não venham me dizer q o Ronaldo n sabia q eram travestis q isso?
“ERRAR É HUMANO E PERDOAR É DIVINO”…SINCERAMENTE QUEM NUNCA ERROU QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA.
É uma dificuldade mesmo dizer um “Não” em certos momentos. Mas as pessoas também não aceitam tão fácil o “Não” e aí que complica tudo.
Para aprender a dizer é preciso aprender a aceitá-lo também.
Eu tô treinando a dizer “não”. Só que, por enquanto, só estou dizendo “não” a mim mesma… :/